#Atlascomelas: campanha fala sobre mulheres histórias
Em virtude do Dia Internacional da Mulher, a Atlas criou a campanha #Atlascomelas focada em trazer as histórias de mulheres que fizeram diferença na sociedade.
O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 8 de março, porque nesse mesmo dia, em 1917, milhares de mulheres se reuniram no protesto na Rússia que ficou conhecido como “Pão e Paz”.
Sumário - Leia neste artigo:
Origem e história do Dia Internacional da Mulher
Em 1917, cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.
Esse evento, que deu origem ao Dia Internacional da Mulher, ficou conhecido como “Pão e Paz”. Isso porque as manifestantes também lutaram contra as dificuldades decorrentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Entretanto, ao longo da história, outros acontecimentos recordam a luta das mulheres, que faziam longas jornadas de trabalho, recebiam salários muito baixos e, além disso, não tinham direito ao voto.
Anterior ao movimento das operárias russas, em 1908, houve uma greve das mulheres que trabalhavam numa fábrica de confecção de camisas chamada Triangle Shirtwaist Company, localizada em Nova York. Essas trabalhadoras costuravam cerca de 14 horas diárias e recebiam entre 6 e 10 dólares por semana.
Em 1911 um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company matou 146 mulheres, dentre as 500 que trabalhavam lá – desse número, cerca de 20 eram homens. A maioria das funcionárias que morreram eram imigrantes judias e algumas tinham apenas 14 anos.
Diante desse cenário, além de reivindicarem melhores condições de trabalho e diminuição da carga horária, as funcionárias buscavam aumento de salários. Isso porque, naquela época, os homens recebiam muito mais do que as mulheres.
O dia para as mulheres
Em 28 fevereiro de 1909 aconteceu a primeira celebração das mulheres nos Estados Unidos. Esse evento surgiu inspirado na greve das operárias da fábrica de tecidos que ocorreu em 1908.
Em 1910, realizou-se na Dinamarca a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas. Na ocasião, Clara Zetkin, do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um dia dedicado às mulheres.
Após o trágico incidente, a legislação de segurança para incêndios foi reformulada e as leis trabalhistas foram revisadas e muitas conquistas foram adquiridas.
#Atlascomelas
Para fomentar ainda mais a força dessas mulheres, a campanha #Atlascomelas teve como objetivo trazer história de mulheres que fizeram a diferença na sociedade.
De todas essas mulheres, algumas foram selecionadas para divulgarmos frases famosas e suas histórias de vida. Veja quais foram elas:
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma jornalista, pintora, poeta, escritora e professora brasileira. Além de poetisa, foi professora e fundadora da primeira biblioteca infantil brasileira. Ela faz parte da segunda geração do Modernismo brasileiro. Suas poesias apresentam um tom melancólico e reflexões de caráter existencial. Sua obra mais conhecida é o livro Romanceiro da Inconfidência.
Ela discursava acerca da liberdade individual na sociedade e defendia a modernização do ensino no Brasil.
Katherine Mansfield
Katherine Mansfield (1888-1923) foi uma escritora neozelandesa de contos e poemas, considerada uma mestra do conto modernista. Apesar das questões que atrapalhavam seu ritmo de publicação, como problemas de saúde, Mansfield deixou uma obra valiosa para nós.
Clarice Lispector foi outra grande escritora do século XX que reconheceu o poder da escrita de Katherine Mansfield. Lendo a obra da neozelandesa pela primeira vez, Clarice teria dito que Mansfield era ela mesma (mas escrevendo em inglês, claro). A “Clarice Lispector da língua inglesa” talvez seja uma boa forma de apresentar essa brilhante autora para o público lusófono.
Anna Pavlova
Anna Matveyevna Pavlova foi uma bailarina russa. De talento e carisma excepcionais, fascinou o mundo da dança no fim do século XIX e na primeira metade do século XX. Seu extraordinário talento e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo sentido ao balé clássico.
George Eliot
George Eliot, pseudônimo de Mary Ann Evans, foi uma romancista autodidata britânica.
Usava um nom de plume masculino para que seus trabalhos fossem levados a sério. À época, outras autoras publicavam trabalhos sob seus verdadeiros nomes, porém, Eliot queria escapar de estereótipos que ditavam que mulheres só escreviam romances leves. Outro fator que pode ter levado Eliot a usar um pseudônimo masculino era o desejo de preservar sua vida íntima, sobretudo seu relacionamento com George Henry Lewes, um homem casado, com quem viveu por mais de vinte anos.
Oprah Winfrey
Oprah Gail Winfrey é uma super apresentadora, jornalista, atriz, psicóloga, empresária, repórter, produtora, editora e escritora norte-americana, vencedora de múltiplos prêmios Emmy por seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk show com maior audiência da história da televisão norte-americana.
É também uma influente crítica de livros, uma atriz indicada a um Oscar pelo filme A cor púrpura e editora da revista The Oprah Magazine. De acordo com a revista Forbes, Winfrey foi eleita a mulher mais rica do ramo de entretenimento no mundo durante o século XX, uma das maiores filantropas de todos os tempos e a primeira mulher negra a ser incluída na lista de bilionários, em 2003. Em 2010, é a única mulher a permanecer no topo da lista por quatro anos.
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