Cresce criação de empregos em agosto, segundo CAGED
A criação de empregos no mês de agosto de 2020 foi a maior em relação ao mesmo mês de anos anteriores, segundo dados do CAGED.
Sumário - Leia neste artigo:
Números do CAGED
Foram criados 249.388 postos de trabalho com carteira assinada, mesmo em meio à crise. Valores assim não eram vistos desde o agosto de 2010. Esse número é o resultado da subtração do número de demissões ocorridas em agosto (990.090) do total de contratações (1.239.478).
Em contrapartida, mesmo índice período de janeiro a agosto de 2020 tem o pior resultado desde 2010, com 849.387 vagas fechadas.
Ou seja, mercado parece começar a se recuperar, mas pandemia impactou o cenário anual de criação de empregos.
Os dados foram compartilhados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na última quarta-feira, dia 30 de setembro.
Divisão por setores
O setor de indústria foi o maior criador de empregos no mês de agosto, com 92.893 postos de trabalho criados.
Em seguida, temos o setor da construção, com 50.489 novos postos. O grupo do comércio, em terceiro lugar, contou com 49.408 novas vagas.
Para completar a lista, o setor de serviços criou 45.412 novos posts de trabalho formais, e o setor da agropecuária, 11.213.
Modalidades de trabalho
O trabalho intermitente gerou um saldo positivo de novos 8.246 empregos, já que houve 15.581 contratações e 7.335 demissões nessa modalidade.
A jornada parcial, por sua vez, teve saldo negativo com 1.501 menos vagas no mês de agosto. Foram 11.136 contratações contra 12.637 demissões.
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Comparação por regiões e estados
Felizmente, todas as cinco regiões nacionais tiveram saldos positivos em agosto. Se formos falar em saldo absoluto, a região que se destacou foi o Sudeste, com a criação de 104.702 novos postos de trabalho (aumento de 0,54%).
Porém, se formos falar em variação relativa, a região Norte toma a primeira posição, com crescimento de 1,26%, ou 22,272 novas vagas de emprego formal.
O Nordeste teve também um bom aumento, de 1,02% (62.085 novos postos de trabalho com carteira assinada), enquanto que o Sul teve aumento de apenas 0,60% (42.664 novos postos).
Por fim, Centro-Oeste teve crescimento relativo idêntico ao da região Sudeste, com apenas 0,54% a mais, representando 17.684 novas vagas.
Falando agora dos estados, São Paulo contou com 64.552 novas vagas (+0,55%), Minas Gerais, com 28.339 (+0,71%), e Santa Catarina, com 18.375 (+0,90%).
Esses foram os três estados com o maior saldo positivo.
Comparando agora o desempenho em relação ao mês anterior, o primeiro lugar é da Paraíba (9.753 empregos, +2,46%), depois Amazonas (7.019, +1,74%) e, por fim, Rio Grande do Norte (5.955, +1,45%).
Nenhum estado terminou o mês com saldo negativo.
Medidas do governo proporcionaram essa situação?
Segundo o próprio governo, resultados positivos dos meses de julho e agosto devem ser atribuídos ao BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), que prevê o pagamento de um valor mensal a trabalhadores que tiverem sua jornada e salário reduzidos ou seu contrato de trabalho suspenso.
Segundo dados recentes, o BEm permitiu mais de 18,3 milhões de acordos entre empregadores e empregados no Brasil. Valor pago a título de BEm já é superior a R$ 25 bilhões.
Além do BEm, pode-se acreditar que outras medidas, como aquelas previstas na Medida Provisória nº 927, também tenham sido importante para a recuperação dos empregos durante a pandemia.
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